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A mostrar mensagens de novembro, 2012

HISTÓRIA DE UM TOXICODEPENDENTE PELAS RUAS DE LISBOA

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VIVIA UMA VIDA SEM VIDA... Olá eu sou o Miguel ...   Foram 21 anos de consumos  heroína  e  cocaína  mandavam na minha vida... 21 anos perdidos, como uma falha indesculpável, difíceis de justificar, como se não tivesse existido durante este tempo. Imagina que precisas  escrever um Curriculum da tua vida e hoje com 37 anos ficares a pensar, como é que eu escondo 21 anos da minha vida? Como é que eu escondo 21 anos de mentiras, rua,  droga , doenças, crime e solidão? Um morto vivo, estava mas não estava. Como em tudo no Universo…. tudo nasce, vive e morre... Nascer...é o ato de nascer, é um inspirar de vida, sem que o pedisses para o fazer, nasceste. Nasceste puro (a), nu, sem pecado, sem medo, sem preconceitos, sem sentir, apenas selvagem, nasces de um outro ser humano que também nasceu, viveu e naturalmente virá a falecer. Nasceste num ambiente hostil em meio a guerras, invejas, alegrias, choros, risos e lágrimas, enfim coisas deste mundo. Viv

O Natal do mundo da Droga

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 A minha Árvore de Vida CONTO DE NATAL… Durante anos fui sem abrigo por causa da Droga, desde que comecei um tratamento de Metadona deixei as ruas sujas e frias de Lisboa e as "compras" na meia laranja (Casal Ventoso), por uma vida de paz,cada ano que tem passado e este é o 3º tem sido uma luta, porque as pessoas do "mundo normal" também choram e lutam. Agora com um filho de um pai(eu),sóbrio e limpo cada item, cada lençol, cada toalha, os edredons, as capas destes, enfim coisas tão simples e sem valor para uns e tão distantes outrora para outros,a tinta das paredes, a louça, tudo , sim, tudo do zero, e a casa lá se formou, cada um tem o seu quarto, o meu sonho era naquele Natal que saí do centro de recuperação passado exactamente um ano 22 de Dezembro, construir VIDA, e VIDA com o Amor do meu filho e de mim próprio ansiando um Deus que sempre quis. Fazer uma nova vida. Passei lá um Natal a chorar e a pensar os anos que desperdicei,tinha chegado

Não há tratamento de metadona em Singapura mas há tratamento de metadona na Indonésia ambos os países condenam à morte o tráfico de morte para residentes e estrangeiros

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                    Singapura Não há metadona em Singapura 4 milhões de habitantes. 77 % de Chineses, 14% de Malaios, 8% de Indianos e 1% de estrangeiros dividem o espaço. Línguas oficiais: Malaio, Mandarim, Tamil e Inglês… ou melhor, " Singlish"  como é chamada a versão singapuriana ( Uma mistura do Inglês original com algum sotaque e expressões típicas). Não existem problemas de segurança na Singapura .  A qualquer hora do dia ou da noite pode-se caminhar nas ruas  tranquilamente.   As casas não necessitam de trancas, as carteiras andam abertas e não há registos de assaltos significativos ou crimes de outra espécie.  Nem é muito comum avistar-se policiais nas ruas.  Mas há uma explicação: as leis em Singapura são bastante severas, seriamente aplicadas e por isso quase que unanimemente cumpridas.  Além da pena de morte (porte ou tráfico de drogas, nem adianta tentar se defender, é pena de morte na certa!) e dos castigos físicos existe uma lista

ADEUS IDT OLÁ SICAD, ESTÁ TUDO IGUAL? E O POVO PÁ?

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VEJA DECRETO DE LEI: http://dre.pt/pdf1sdip/2012/01/01900/0047800480.pdf VEJA AINDA: http://www.dependencias.pt/ficheiros/produtos/1320420611Dep_Outubro_2011_Baixa.pdf O SICAD  (  Serviço de Intervenção nos  Comportamentos Aditivos e  Dependências)    VEIO SUBSTITUIR O  IDT  (Instituto da Droga e Toxicodependência ) ASSEGURANDO PARTE DAS COMPETÊNCIAS DO IDT Terão sido  regularizados as dívidas no final do  ano?  (fica esta questão no ar...)  Pessoas que estão na rua, porque saíram de comunidades que faliram, e pessoas que não conseguem entrar, porque as comunidades não receberam a devida comparticipação e, portanto, não podem ter as pessoas para tratar... A partir de agora, vão ser as ARS   (administrações regionais de Saúde) a emitir os termos de responsabilidade por cada pessoa em tratamento e a pagar, mas a nova lei orgânica nada diz sobre o relacionamento com os privados e prevê apenas um período de transição de um ano para as unidades pública