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O SUCESSO DA DESCRIMINALIZAÇÃO DE DROGAS EM PORTUGAL


Glenn Greenwald tem uma visão favorável de liberalização das drogas.








Greenwald, considerado um dos 25 constitucionalistas liberais mais influentes dos Estados Unidos, apresentou no dia 3 de Abril, no Cato Institute em Washington, um relatório intitulado “Descriminalização da Droga em Portugal: lições para criar políticas justas e bem sucedidas sobre a droga”, onde apresenta Portugal como um caso de sucesso quanto a políticas de droga.

Distinguindo o papel pioneiro e inovador de Portugal na UE, Glenn Greenwald refere a Descriminalização das Drogas e a adoção das novas políticas de Dissuasão implementadas pelo Estado Português, destacando os progressos alcançados nos diversos parâmetros analisados.

Mais do que muitas suposições e teorias, Portugal é destacado como um país que provou que se deve encarar o doente toxicodependente como alguém a recuperar e a reinserir na sociedade, em substituição da tradicional penalização que é ainda exercida em muitos outros países.

Glenn Greenwald nascido em 06 de março de 1967 é um americano jornalista político , advogado, colunista, blogueiro, e autor, que atualmente escreve para o The Guardian . 
Greenwald trabalhou como constitucional e litigante de direitos civis antes de se tornar um contribuinte (colunista e blogueiro ) para Salon.com , onde se concentrou em temas políticos e legais. 
Ele também tem contribuído para outros jornais e revistas de notícias políticas, incluindo The New York Times , o Los Angeles Times , The Guardian, 

Greenwald escreveu quatro livros, três dos quais foram New York Times best-sellers : 
Como é que um Patriot Act? (2006); 
Um legado trágico (2007),
 Com liberdade e justiça para alguns: como a lei é usada para destruir a Igualdade e Proteja o Poderoso , lançado em outubro de 2011. 
Ele também escreveu















http://www.youtube.com/watch?v=gSrN2zIRwN8&list=HL1347879006&feature=mh_lolz





Na sequência do debate acima esta é a minha opinião...
"se é que ela interessa para alguma coisa, tendo eu vivido as ruas comido dos caixotes de lixo ter apanhado HIV, HVC, etc... enfim penso ter um "curriculum" que me faz entende um pouco do que é a droga e o mundo que se vive aqui pelas ruas de Lisboa"

...eu tenho um artigo que fala especificamente deste debate mais abaixo , no entanto queria colocar aqui a minha opinião e a de outros que em conversa foram partilhando as suas ideias e sugestões...




 Vale pena ver este debate isso não há duvida.

Johann Hari diz muitas verdades que nos fazem pensar…

Pessoalmente penso ao assistir a este debate que muitos destes intervenientes  tanto os que estão a favor, como os que estão contra, não sabem o que são as drogas. Muitos destes têm formação na área a qual é de louvar outros nem por isso.

 Obviamente as pessoas não têm que assassinar para conhecer a psicose do assassino, são anos de estudo a analisar os indivíduos e o cérebro humano que lhes dá a capacidade de opinar em relação a determinado item e até mesmo lecionar leigos que  pretendam conhecer.

 Notei neste debate que ao  falarem em drogas falam muitas das vezes em Maconha  ou seja Haxixe que nada tem haver com heroína e cocaína, e outras extremamente destrutivas, generalizam droga como droga sem conhecer os seus efeitos e potencial tal qual, como cozinheiros que não conhecem as suas especiarias apenas ouviram dizer que X fica bem em Y.

Como poderiam acabar com trafico?

O que podemos fazer para acabar com o trafico de droga e o enriquecimento elícito dos chamados barões da droga e seus “discípulos”?

Isto move milhares de milhões de Euros, e se o trafico existe é porque estão pessoas com muito poder envolvidos nestes esquemas os tais intocáveis que aparecem na Televisão de fato e gravata, bons falantes, ricos com ordenados perfeitamente normais, que justificam as suas fortunas baseados em heranças que nunca existiram.

Mas a realidade é que o Povo adora tudo o que mexa e apareça na TV, mesmo que por traz digam mal é frente fazem fila para os irem cumprimentar, e quando são expostos, são privados da liberdade durante meses enquanto outros passam anos por roubarem um telemóvel, geralmente esse para sustentar o outro.

Toda a gente cruzou os braços e disse…” isto é assim…”

E nada fazem para mudar isto, o mais certo é ser uma rede tão grande que todos mamam á custa desta desgraça.
Estes que estão envolvidos, em todo o resto, Droga, prostituição, escravização, tráfico de armas, falsificações, assassínios, guerras e genocídios, etc…

E Tudo por um só motivo dinheiro e PODER…



Aqui em Portugal o que se está a passar neste momento é o seguinte…


Atualmente se eu morar por exemplo em Sacavém e tomar doses diárias de metadona para tratamento tenho que me dirigir a Xabregas em horário especifico.

Todos dias em horários específicos.

Ora com esta crise e falta de emprego pedir a patrões para chegar mais tarde sem uma justificação que se possa contar abertamente é complicado...sim porque jamais poderia dizer, sr fulano ( Patrão ), seria possível chegar todos dias mais tarde para ir a 10 quilómetros da minha casa tomar metadona...?

Nenhum patrão é assim tão Open Mind e amigo...:)

Ninguém se lembrou que as PESSOAS, eu, tu e outros como nós, sim estes para quem criaram este serviço que é tão falado no mundo inteiro e que Portugal sendo o país de exemplo em debates como este tem um relevo tremendo, queiram VIVER, sim queremos entrar em recuperação na verdadeira recuperação, lutar para ter uma VIDA, uma estabilidade, um emprego, uma casa, os filhos perto de nós, um amor, um sonho, um projeto de carreira, enfim igual a todos.

E mesmo que não tenha no meu emprego horários compatíveis ninguém quer saber disso.
 Esta é a única hipótese que tens e… ninguém quer saber.

Falta Humanidade, no Projeto Metadona,

Os meus artigos mostram o que penso o que sugiro , o que se passa.

Não quero sejam brandos nesta oferta, esta sorte que temos para ter como privilégio a recuperação.

Admito nós toxicodependentes temos esquemas, mentiras, e falsidade misturada MAS há quem deseje a recuperação à qyem deseje estar VIVO.

A minha maior frustração é que sempre me vi sendo o único culpado, massacrava-me, achei que tinha o poder para não recair.

Como outra qualquer doença do forro psicológico é necessária uma ajuda química inicialmente um TRATAMENTO.

Não largar o doente na metadona entregue a ele mesmo durante anos e anos estando esta totalmente desamparado e trata-lo da mesma forma quando usávamos.

“ Durante estes anos que tomo metadona nunca me sentei num consultório para ter qualquer tipo de apoio psicológico apenas e somente a administração do químico”

“Nunca vi um gabinete de apoio para ajudar em todas as questões, em grupo ou individual o adicto, até porque se existisse, reparem, empregavam mais psicólogos e assistentes, e baixavam o custo da metadona criando adultos trabalhadores para contribuir para uma melhor sociedade e crescimento do país, até porque muitos de nós somos muito bons quando fazemos o que gostamos.”

Eu nunca aceitei que ser um toxicodependente era ser um doente.

Hoje sofro por ainda usar metadona, porque fico a ver pessoas com a minha profissão a viajarem para fugir desta crise financeira para países dos quais até já recebi ofertas de emprego mas que não têm metadona.

E isso passa-se comigo, contigo, connosco e ninguém quer saber…

E somos nós o país de exemplo para todo um Planeta relativamente as drogas?

Na boca dos médicos responsáveis, sim, deve ser, não digo que  todos os médico pensem assim, claro que não mas a maioria deveria nascer de novo e relembrarem-se porque é quiseram ser psicólogos ou psiquiatras. Somos prisioneiros deste químico sem condições e sem perspetiva de vida e futuro.


Iniciar o tratamento é o mais confuso, porque depois quando se traz metadona para casa é mais simples.
Claro que só podemos o fazer ao fim de uns largos meses e não em todo lado, não existe uma organização. Nunca existiu.

A verdade é que nos generalizam, olham-nos como ignorantes, mal formados, e subestimam-nos.

Nos locais onde vamos buscar metadona diminuem-nos ao invés de nos elevarem, no fundo não existe formação e ninguém está atento a isto nem quer saber.

Na minha opinião e pelo que tenho falado com outros "colegas" dos consumos.

Existem uma serie de fatores que os fazem não iniciar este tratamento para tentarem recuperações frustrantes e inúteis que tem sempre o mesmo caminho…a recaída.

Até porque uma vez na metadona não existe uma ajuda humana  um incentivo a diminuição do uso da metadona.

Até mesmo a LIBERTAÇÃO INDOLOR da metadona feito por clínicas milionárias que se aproveitam desta fragilidade...porque é que não podemos fazer nos hospitais públicos esta desintoxicação?

 Não digo todos, mas aqueles que pelo histórico de tratamento apresentem condições para tal…isso daria a possibilidade da pessoa seguir a sua vida e daria menos gasto financeiro ao Estado Português…mas mais uma vez…ninguém quer saber…

Para quem não sabe, existe a possibilidade daquele coitado como eu e muitos mais  que já fazem este tratamento á ANOS de se poderem libertar de uma vez da metadona, para poder por exemplo emigrar para um país como Angola para trabalhar…

Com a metadona livrarmos-mos dos consumos diários e sem dúvida um dia salvou-nos a vida, e estabilizou o inferno que vivíamos… 

Mas tudo tem um equilíbrio…tudo tem um começo um meio e um fim…onde está fim??? Onde estás?

As vezes imagino … e se um dia nos cortarem a metadona?

Se por exemplo deixar de ser oferecida, a ressaca é insuportável, 20 vezes pior que a da heroína, penso que iria ser muito complicado para a sociedade lidar com centenas se não milhares de toxicodependentes em recuperação a ressacar de metadona.

As vezes imaginam um tremor de terra, uma catástrofe, e não ter metadona arranjar no dia seguinte, e não estar disponível para mim, para nós, assusta-me…

Estou a divagar? Não pode acontecer? Espero estar …espero estar.





Estava eu a escrever este Artigo e a termina-lo já fazer de editar no blogue quando perplexo fiquei com a entrevista que estava a dar as 11:50 do dia 17 de Setembro de 2012 onde a Cristina Ferreira do programa Você na TV estava a entrevistar uma jornalista magnifica que é a conhecida Maria Elisa  Domingues, partilhava no fundo o que a sua experiência/ testemunho, relacionado com Oncologia, mas que a base da sua dor no fundo é a falta de HUMANIDADE que existe neste sistema cruel que nos arrasa e nos faz sentir tão pequeninos , mas tão pequeninos...

Deixo aqui esta sugestão de um livro que vou ler porque esta situação bate em todas as nossas portas....

«Amar e Cuidar. A minha Viagem pelo mundo do cancro», de Maria Elisa Domingues, editado pela Esfera dos Livros, será apresentado no dia 18 de Setembro, pelas 18h30, no El Corte Inglés, em Lisboa.

«Um livro que nos leva a conhecer esta dura realidade, 
desde o choque da notícia, à decisão do tratamento, a 
cirurgia, a comunicação com os médicos, até às dificuldades
 enquanto cuidadora.


É um trabalho muito emotivo e cuidado. Maria Elisa 
conversou com médicos, especialistas, enfermeiros e traz-
nos relatos de 16 doentes oncológicos, que nos fazem
 pensar, alguns deles  chorar, outros que nos fazem ter
 esperança…»

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