Recaídas na Droga por causa da Crise?
Recaídas
por causa da crise...
Em 21-09-2012
O Diretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e
nas Dependências (SICAD), João Goulão, disse recentemente, em
Coimbra, que se assiste em Portugal a um “recrescimento de consumos” para alívio do sofrimento
devido à crise.
“Com as condições difíceis que partes
importantes da população vão sentindo,
estamos
a ver algum recrudescimento de
consumos muito ligados ao alívio do
sofrimento”, afirmou João Goulão.
Encontro da Associação Portuguesa de Adictologia, da
Associação Portuguesa para o Estudo das Drogas e das
Dependências (APEDD), que
decorreu em Coimbra.
João
Goulão, disse que “a
substância mais preocupante
neste contexto é o uso, excessivo e diário, de
álcool”.
Miguel Monteiro Administrador do blogue:
como tratamento bebem álcool, no local que eu
pessoalmente vou
buscar quinzenalmente a metadona
chego testemunhar outros aditos a tomarem a
dose de
metadona diária com cerveja e vinho mesmo em frente
ao enfermeiro(a),
sem qualquer pudor ou
constrangimento, além disso tomam outros
medicamentos
nomeadamente Serenal 50, Dormicon, e
outros.”
Segundo João Goulão, “há
também um certo
recrescimento do consumo de heroína,
sobretudo pela via injetável. É um aumento que
ainda nãoconseguimos traduzir em números,
são dados empíricos (observação médica) que
nos chegam do terreno”, referiu.
De acordo com João Goulão, trata-se de
consumos “que
tinham vindo a baixar nos
últimos anos e em relação aos quais há agora
um certo
recrudescimento”.
Algumas destas pessoas têm “um passado de
toxicodependência, conseguiram parar os
seus
consumos, conseguiram construir as suas vidas
estão na primeira linha da fragilidade social:
quando
sobe o desemprego, as dificuldades
económicas, são das primeiras” a ser afetadas.
Miguel Monteiro Administrador do blogue:
“Eu estou Desempregado. Claro que como trabalhei nos
últimos anos
recebo o meu subsidio de desemprego logo
tenho um suporte financeiro e como
vivo com outra
pessoa pago as minhas contas e como tenho uma
profissão, tenho a
oportunidade de ir ao estrangeiro
algumas vezes fazer alguns trabalhos e ganho
uns
dinheiros extras, e sim, eu suspendo o subsidio quando o
faço.
Uma coisa que eu faço é todos dias, é me ocupar,
estabeleço regras na
minha vida.
A primeira coisa é cuidar da
minha higiene pessoal, é
muito importante me sentir bonito, me sentir bem,
depois
é arrumar e limpar a minha casa, ou seja o meio que me
rodeia, de
seguida faço tudo o que está ao meu alcance
para arranjar emprego, procuro,
luto, mando emails não
fico parado.
tenho tempo e
como não sou de beber, nem de andar a
gastar dinheiro em roupa ou nos cafés ou gastar
na noite
posso o fazer, sou ORGANIZADO, faço um ESFORÇO
para o ser, vou no
sentido oposto aos ponteiros do
relógio, se o mundo se atira do penhasco eu não
tenho
qualquer intenção de o fazer, não sou de perder tempo a
ver a casa dos
segredos ou novelas da tanga , prefiro o
National Geografic mesmo que falem de
coisas absurdas
como OVNIS que eu adoro, mas é uma pancada
saudável.
Espero viver e viajar mais, quero conhecer, quero DAR,
quero receber,
quero viver.
Continuando…
Mais tarde trabalho neste blogue e uma investigação
sobre este e outro
hobbie que tenho, depois tenho claro
uma relação que pretendo a manter e não
mais uma vez
permitir que a droga me a destrua, perdi demais.
E o principal olho todos dias
para o meu filho que precisa
do pai limpo e sóbrio.
Ou seja criar rotinas é imperativo, e isto apreendi com a
vida, com as
recaídas, costumo dizer a alguns recaídos
que vou conhecendo no centro de
metadona uma coisa
que para mim me ajudou muito ao inicio quando comecei
este tratamento
e ainda recaia, uma coisa é recair outra é
FICAR recaído, o grande problema do adito é que
quando recaí fica em um estado de auto-piedade que os
leva a outros
e mais consumos, assim como o
sentimento de derrota que os absorve.
Uma coisa que eu já recomendei é que nos Centros onde
há esta
distribuição de metadona e sendo este um
tratamento deveria existir um
acompanhamento mais
rigoroso em relação á proximidade doente-médico assim
como
normas das tomas da própria metadona, repito
como em outros artigos que fiz
anteriormente, na
Alemanha onde já tomei metadona, fazem testes diários,
demoram apenas 60 segundos a dar os resultados,
rápido e eficiente, e quem
tiver um resultado de
estupefacientes positivo, simplesmente já não toma
metadona.
Aqui em Portugal é uma maravilha
o adito não tem
medo de recair durante o tratamento porque esta ali
sempre a
Muleta para a ressaca do dia seguinte.”
João
Goulão “Como têm dificuldades em lidar com a frustração e com
a adversidade, com alguma frequência são tentadas a voltar aos padrões de vida
anteriores”, adiantou o diretor-geral do SICAD.
Também o presidente da APEDD, João Curto,
referiu que, “em situação de crise, é natural que
as pessoas
recorram mais aos consumos”,
nomeadamente ao álcool.
Em relação ao aumento dos
consumos das
“drogas mais acessíveis e ligeiras”, o psiquiatra
disse que, em condições sociais e económicas
difíceis
“em situações de angústia ou desespero, o ser
humano acaba por se agarrar a qualquer coisa
que lhe faça, pelo menos, esquecer
temporariamente” essas dificuldades.
Embora também com base apenas
em dados
empíricos, João Curto corroborou a perceção
de que se está a retomar alguns níveis de
consumo
de heroína em todas as camadas
etárias, exemplificando com pessoas que
começaram a consumir com idades acima dos
50 anos, muitas delas por situações
de
“É nitidamente uma consequência da crise, por
desemprego, por falta de
meios de subsistência para a família”, sustentou.
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